Tem como obra mais emblemática a grandiosa arcaria em cantaria que se ergue sobre o vale de Alcântara, com 941 metros de comprimento e constituído por 14 arcos centrais em ogiva e 21 arcos de volta perfeita (18 do lado de Monsanto e 3 do lado das Amoreiras).
O Arco Grande, a meio do aqueduto do Vale de Alcantara, mede 65 metros de altura e dista 29 metros entre pegões, sendo o maior arco ogival do mundo. Sob ele passa a ribeira de Alcântara.
De cada um dos lados do passeio existem duas placas iguais com a seguinte inscrição: Arco Grande / Altura do rio ao passeio / Em palmos: 296,75 - Em metros:65,29 / Largura entre Pegões / Em palmos: 131 - Em metros:28,86.
Construído durante o reinado de D. João V, no século XVIII, com origem na nascente das Águas Livres, em Belas, Sintra, foi sendo progressivamente reforçado e ampliado ao longo do século XIX. Actualmente a extensão da rede de captação e adução, incluindo todos os tributários, tem um total de 47 quilómetros, recolhendo água de 58 nascentes, grende parte delas na zona da serra da Carregueira.
O aqueduto das Águas Livres tem início na Mãe d'Água Velha, que recolhia a água da nascente da Água Livre, em Belas, e termina no Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras após um percurso de 14 174 metros.
O caminho público por cima da arcaria do Vale de Alcântara, foi fechado desde 1853. No entanto, é possível fazer um passeio guiado. Também é possível, ocasionalmente, visitar o reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, o Reservatório da Patriarcal e troços do aqueduto geral na região de Belas e Caneças.
Esta rede de distribuição de água, manteve-se em funcionamento até 1967, tendo sido definitivamente desactivado pela Companhia das Águas de Lisboa em 1968.
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